Leoni (1976), artista visual, nasceu e cresceu entre o altiplano e os vales de La Paz, Bolívia, próximo às culturas andina e afrodescendente. Estudou Artes Plásticas na Universidade Mayor de San Andrés.
Seu trabalho passou por vários ciclos; inicialmente, dedicou sua arte aos insetos, aves e mamíferos, além de aplicar a arte em projetos com áreas protegidas na Amazônia e no Pantanal boliviano, região onde ainda habitam povos indígenas: guaranis, mojeños, chiquitanos e ayoreos.
Após viver alguns anos na Costa Rica e no Uruguai, retornou ao sul da Bolívia, na fronteira com a Argentina, para iniciar uma nova fase de sua vida e carreira, desenvolvendo projetos artísticos no Salar de Uyuni, em Samaipata e nas Missões Jesuíticas. Desde 2019 vive e trabalha em São Paulo, onde desenvolve uma pesquisa sobre a relação entre o corpo, a natureza e os ambientes construídos, com base nos saberes das culturas indígenas que habitaram o caminho do Peabirú, rota que conecta o Pacífico ao Atlântico na América do Sul.
Considera a arte como um estilo de vida e realizou mais de 50 exposições individuais e coletivas na Bolívia, Costa Rica, Paraguai, Uruguai, Brasil, Chile, Peru e Moçambique.
Recebeu reconhecimentos por mérito pictórico, pelo seu trabalho em educação ambiental e pelo impulso artístico em resgatar, valorizar e difundir as culturas indígenas da América Latina através de sua arte.
Sua obra está presente no livro "Arte Contemporâneo da Bolívia" (Ed. 2020). Além disso, foi o criador e coordenador no design e execução de centros de interpretação, museus vivos, estandes e painéis interativos para WWF, Conservação Internacional, Museu Noel Kempff, COBIMI, FAN, PRAEDAC, CABI e BOLFORT em mais de 8 áreas protegidas da Bolívia.